Na família temos sempre alguém que
nos surpreende todas as épocas natalícias com meias, não é verdade? São, de
facto, um presente útil. O frio começa a apertar nesta altura, infelizmente. E,
pelo menos eu, fico com um stock recheado na gaveta. Recebo pares de todas as
cores e feitios: brancas, rosas, amarelas, azuis às bolinhas, umas pelo
tornozelo, outras até ao joelho, enfim, variedade não falta!
Embora dê valor a esta oferta,
insistem em dar-me meias em excesso e, algumas, completamente desnecessárias...
Todos os anos sou presenteada com
meias verdades (apesar de nunca me ludibriarem). Todos os anos sou presenteada
com meias vontades (apesar de nunca me interessarem). Todos os anos sou
presenteada com meias paixões (apesar de nunca me iludirem).Todos os anos sou
presenteada com meias palavras (apesar de nunca me convencerem). Todos os anos
sou presenteada com meias amizades (apesar de nunca me preencherem). Todos os
anos sou presenteada com meias felicitações (apesar de nunca me conquistarem).
Não gosto de viver, sentir, fruir
pela metade. Gosto de alcançar a plenitude máxima do meu ser, assim sou feliz.
A vida é um instante, entrego-me a
multiplicar, nunca a dividir. Uso meias só nos pés (por vezes, acompanhadas de
uns saltos altos para estar mais perto do céu)!
Bom
dia alegria!
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