Dia 25 de Dezembro. Hoje é Natal!
Supostamente um dia feliz, cheio de paz, alegria e amor,
blablabla! E eu cá me encontro, na camita doente... Como estava cheia de dores
de cabeça pedi à minha mãe que me desse uma aspirina. E foi aí que pensei: “Eu
sinto-me mal, mas como é que se irá sentir a aspirina neste momento?”. E assim
veio a inspiração necessária para redigir o meu texto!
Encarei o comprimido fixamente e logo escutei o seu pensamento: “Oh
meu deus, ela está a pegar no copo. Já o agarrou. Levantou-o. Aiiii, que
agressividade! A mão dela vem aí, vem aí. Com uma faca? Socorro!!! Esperem lá,
acabou de me cortar ao meio?! Sim, se ela acha que eu estou gorda que olhe
primeiro para ela. Enfim... Vai pôr-me à boca agora. Jesus, que dentes
amarelos! Tirem-me daqui, tirem-me daqui!!! A saliva dela pica, aiaiai! O
esófago é tão apertadinho e cheira tão mal, ninguém merecia passar por isto...
Aaaaahhhhh, caí no estômago. Arde, arde, arde! Estou a desintegrar-me aos
poucos. Já não tenho pés; agora pernas; lá se foi a minha barriguinha; sem
braços... Oh, coitada de mim, que infortúnio fim. Isto não pára de abanar,
estou a ficar enjoada! Quando é que isto termina? Nem pensar que quero chegar
intacta ao intestino dela, aquilo deve estar cheio de caca e o cheiro deve ser
nauseabundo. Quero morrer agora... Pepsina, dá cabo de mim, está na hora do meu
fim!”
E esta foi a viagem natalícia da aspirina!
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