terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A minha empresa



            Poderia começar este texto dizendo que quando fosse grande iria ter uma empresa. Contudo, eu quero uma agora. Não quando for crescida. Não quando for velhinha. Não quando for nada! Quero uma agora! E, por enquanto, sonhar não se paga, por isso, hoje, não custa tentar...
            A minha fábrica produz colchões eléctricos inovadores. Lembram-se do desconfortável calor que invade os nossos quartos no Verão impedindo noites pacíficas de sonolência? Recordam a sensação gélida que conquista o nosso leito durante o Inverno? Pois bem, a partir de agora só passa por isso quem quer! Estes colchões possuem instalado um sistema eléctrico que permite regular a temperatura dos mesmos. Assim, pode optar por esfriar o mesmo nas noites mais quentes, acabando com os terríveis suores nocturnos incontroláveis.  Por outro lado, pode somente aquecê-lo, abominando os pavorosos calafrios que nos congelam. Tudo isto a um preço incrivelmente acessível, com garantia vitalícia!
            Para incrementar toda a produtividade, contratei os melhores profissionais das mais diversas áreas. Pensar em grande não é defeito, vejam-no como uma virtude. De facto, idealizar é o que mantém vivos a maioria dos empreendedores e eu não fujo à regra. Para controlar o meu investimento, contratei o gestor James H. Simmons; para monitorizar os sistemas informáticos, contratei o programador Mark Zuckerberg; para defender o meu património, contratei o advogado Marinho Pinto; para produzir o produto em si, entrevistei avidamente inúmeros candidatos, extremamente motivados, seleccionando os operários que mais se destacaram.
            Com este plano, claramente, a minha empresa nasceu predestinada a triunfar e a levar todos os anjinhos ao céu!





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