As
sondagens dizem que vencemos.
Mantenho-me
calma com este pensamento. As mesas de voto encerraram há duas horas e os
resultados começavam agora a ser divulgados.
A expectativa é grande e dou por mim a
reviver todo o percurso que me levou a este momento.
***
Como todos os portugueses estava decepcionada com a
governação do país. Sucessivos escândalos políticos, casos de corrupção e má
política financeira tinham contribuído para o estado de crise, económica e
social, profunda que o país atravessava.
As medidas necessárias não eram tomadas e o congelamento de pensões e cortes
salariais, recaíam todos sobre os trabalhadores do estado, que assim perdiam
muitos dos direitos que haviam conquistado.
Estava na altura de mudar. Depois tudo
aconteceu muito rápido. Num momento afiliava-me a um partido e expunha os meus
ideais, no outro candidatava-me a primeira-ministra de Portugal. Estava perto
de conseguir mudar o rumo da história.
Estabeleci medidas prioritárias para o
meu executivo, tais como a revisão do código penal assim como a revisão das
políticas económicas vigentes.
O plano estratégico que delineara gerou consenso entre a
população em geral e recebi grandes manifestações de apoio das mais diversas
figuras. Foi então que percebi que era possível vencer as eleições.
***
“Chegaram os
resultados!! Ganhámos!! Maioria absoluta!!” alguém grita, arrastando-me de
volta à realidade. A euforia apodera-se do salão, com gente aos berros, a
chorar e a rir. Dão-se abraços e apertos de mão. Tudo acontecia ao mesmo tempo,
enquanto eu tentava assimilar as novidades.
Fui eleita. Sou
oficialmente a primeira-ministra de Portugal. O povo português deu-me o seu
voto de confiança, não lhes posso falhar. É tempo de pôr mãos à obra, é tempo
de mudança.
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