domingo, 12 de janeiro de 2014

Perdoa-me...



 Boa noite, hoje o meu texto vai ser mais triste que o normal. Discuti com a minha mãe e, apesar de ser orgulhosa de mais para lhe entregar esta "carta" pessoalmente, decidi desabafar para o papel tudo o que sinto. Embora saiba que, muito provavelmente, ela não vai ter hipótese de a ler... 
Aqui vai:


Já te pedi desculpa uma vez, duas, três… mas pedir perdão nunca é demais quando se trata de ti, mãe.
            Desde pequena que te vejo com mil e uma facetas. Ora és austera, teimosa, como simpática e cheia de humor. És crítica, bastante. E, na maior parte das vezes, nunca admites quando erras. És orgulhosa (herdei isso de ti…). És inteligente, muito até, porém ficas em muitas ocasiões sem saber como reagir. Apanho-te de surpresa, desprevenida (infelizmente, pelos piores motivos) e faço-te agir de "cabeça quente".
            Por várias vezes dei-te razões para ficares desiludida, magoada e até frustrada comigo. Fizeste questão de salientar isso de cada vez que cometi um erro. Ontem não fugi à regra… mais uma vez vi a tua cara de decepção. Sei que não sou perfeita na escola, perfeito no desporto, ou perfeita como pessoa. No entanto, consigo ter bons resultados em todas essas áreas e esforço-me por me destacar. Sei que nunca é suficiente para ti, exiges sempre mais e melhor, mas se nunca desisti de nada, é por ti mãe. Apesar de tudo, custa sempre ver essa tua cara de desilusão...
            "Mentir é feio", sempre ouvi desde miúda. E pelos vistos ainda não aprendi a lição já quase com 19 anos de idade, desculpa. Sei que mereço o teu castigo, no entanto parte de mim sente-se sempre injustiçada.
            Mesmo estando magoada contigo, acredita que te adoro. Sempre.















Sem comentários:

Enviar um comentário